domingo, 19 de fevereiro de 2012

“Beneficência Exclusiva”

OBJETIVO: Analisar, com os participantes, a real natureza da beneficência, do ponto de vista da moral cristã, auxiliando-os a estabelecer diferença entre esta virtude, que nos estimula a auxiliar a todos indistintamente, sem esperar retribuição, e a beneficência exclusiva, onde não há doação, mas troca.

DESENVOLVIMENTO:
19:10 – Recepcionar os pacientes e logo que todos se sentarem, entregar cópias do texto – Cap. XIII, item 20 (anexo 1), pedindo que leiam em voz alta.
Assim que terminar a leitura, fazer as seguintes perguntas para que o grupo responda:

1 - O que se entende por beneficência exclusiva?
2 - Tem algum valor a beneficência praticada entre pessoas afins, que se querem bem?
3 - Por que a beneficência deve ser estendida para além dos grupos?
4 – Você, num momento de necessidade, pediu algo a Deus, tendo lembrado de algum benefício que proporcionou a alguém no momento em que fazia o pedido?
5 – Você se acha credor de bênçãos, por ter feito bem a alguém?
6 – O que Jesus nos ensina em relação à beneficência?

19:40 – Leitura da mensagem (anexo 2), pedindo aos que se sentirem a vontade para falar, que expressem o seu entendimento da mensagem.

19:55 -  Prece final, lembrando a todos a importância do estado de prece para um melhor aproveitamento das energias do passe.

CONCLUSÃO: Amar e beneficiar exclusivamente aos que nos amam é dever. Amar o próximo é considerar todos os homens como nossos irmãos e estender-lhes os benefícios que estiverem ao nosso alcance, sem escolher o objeto da nossa atenção nem esperar qualquer forma de retribuição.


(Anexo 1)

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?

Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse. - S. Luís. (Paris, l860.)


(Anexo 2)

CRISTÃOS

"Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos Céus." - Jesus. (MATEUS, 5 :20.)

Os escribas e fariseus não eram criminosos, nem inimigos da Humanidade.
Cumpriam deveres públicos e privados.
Respeitavam as leis estabelecidas.
Reverenciavam a Revelação Divina.
Atendiam aos preceitos da fé.
Jejuavam.
Pagavam impostos.
Não exploravam o povo.
Naturalmente, em casa, deviam ser excelentes mordomos do conforto familiar.
Entretanto, para o Emissário Celeste a justiça deles deixava a desejar.
Adoravam o Eterno Pai, mas não vacilavam em humilhar o irmão infeliz. Repetiam fórmulas verbais no culto à prece, todavia, não oravam expondo o coração. Eram corretos na posição exterior, contudo, não sabiam descer do pedestal de orgulho falso em que se erigiam, para ajudar o próximo e desculpá-lo até o próprio sacrifício. Raciocinavam perfeitamente no quadro de seus interesses pessoais, todavia, eram incapazes de sentir a verdadeira fraternidade, suscetível de conduzir os vizinhos ao regaço do Supremo Senhor.
Eis por que Jesus traça aos aprendizes novo padrão de vida.
O cristão não surgiu na Terra para circunscrever-se à casinhola da personalidade; apareceu, com o Mestre da Cruz, para transformar vidas e aperfeiçoá-las com a própria existência que, sob a inspiração do Mentor Divino, será sempre um cântico de serviço aos semelhantes, exalçando o amor glorioso e sem-fim, na direção do Reino dos Céus que começa, invariavelmente, dentro de nós mesmos.
                                                                                                                                              Vinha de Luz - Emmanuel

domingo, 12 de fevereiro de 2012

“BENEFÍCIOS PAGOS COM INGRATIDÃO”

 

OBJETIVO: Mostrar aos participantes que apenas a caridade desinteressada é verdadeira e agradável a Deus.
Esclarecê-los de que sua prática constitui para nós ocasião tanto de reparação de faltas anteriores como de progresso espiritual que nos conduz a Deus.

DESENVOLVIMENTO:
19:10 - Após ter dado as boas vindas, o evangelizador deverá dividir o grupo em duplas, pedindo às mesmas que relatem se já foram alvos de ingratidão ou se conhecem casos em que constataram algum tipo de ingratidão.
Após todos relatarem as experiências ou mesmo as situações de ingratidão que presenciaram ou souberam, o evangelizador deverá perguntar qual o sentimento que se destacou no momento do acontecido, ou quando souberam, em fim, como foi que reagiram? Anotando no quadro branco.

Agora, Distribua entre as duplas as seguintes perguntas, pedindo que respondam entre si e depois para todo o grupo:
·         De todas as vezes que fiz  algo, alguma coisa em benefício de alguém, quantas delas esperei do beneficiado, o seu agradecimento?
·         De todas as vezes que fiz  algo, alguma coisa em benefício de alguém, quantas vezes eu me reportei ao beneficiado de mal-agradecido, justamente por ele não ter demonstrado interesse na minha ajuda?
·         De todas as vezes que fiz  algo, alguma coisa em benefício de alguém, quantas vezes eu fiquei resmungando? do tipo: Você ainda vai bater na minha porta novamente! Ou então, não perde por esperar! Ou ainda, Fiz tudo por ele e ele não soube dar valor!
·         Quantas vezes você já foi capaz de se colocar no lugar de alguém que lhe pediu algo, alguma coisa, nas mesmas condições em que ele se encontrava?
·         Qual seria na sua opinião, a nossa conduta diante desses nossos irmãos, que reclamam a nossa ajuda, o nosso amparo?
·         Qual é a nossa postura diante de Deus, quando dirigimo-nos a Ele, solicitando algo, alguma coisa através da prece?
·         Quantas vezes você fez algo alguma coisa, confiante de que isso será considerado à seu favor, diante de Deus?

Após todos responderem entre si, pedir que leiam a pergunta e resposta para todo o grupo e logo depois, voltar ao quadro perguntando-lhes, como ficariam, agora, todos esses sentimentos demonstrados inicialmente?

19:50 – Leitura do Cap. XIII – item 19
19:55 - Prece final.

CONCLUSÃO: Aproveitar todas as ocasiões de servir ao próximo é dever de cada um de nós, pois somos devedores uns dos outros e, através da prática desinteressada do bem, não só reparamos faltas de vidas anteriores como aceleramos nossa caminhada de volta ao Pai.

(Obs. Atividade propósta para durar uma hora, no máximo)


Textos Complementares:

POR CRISTO

“E se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta.”
Paulo (FILÊMON, 1: 18)

Enviando Onésimo a Filêmon, Paulo, nas suas expressões inspiradas e felizes, recomendava ao amigo lançasse ao seu débito quanto lhe era devido pelo portador.
Afeiçoemos a exortação às nossas necessidades próprias.
Em cada novo dia de luta, passamos a ser maiores devedores do Cristo.
Se tudo nos corre dificilmente, é de Jesus que nos chegam as providências justas. Se tudo se desenvolve retamente, é por seu amor que utilizamos as dádivas da vida e é, em seu nome, que distribuímos esperanças e consolações.
Estamos empenhados à sua inesgotável misericórdia.
Somos d’Ele e nessa circunstância reside nosso título mais alto.
Por que, então, o pessimismo e o desespero, quando a calúnia ou a ingratidão nos ataquem de rijo, trazendo-nos a possibilidade de mais vasta ascensão?
Se estamos totalmente empenhados ao amor infinito do Mestre, não será razoável compreendermos pelo menos alguma particularidade de nossa dívida imensa, dispondo-nos a aceitar pequenina parcela de sofrimento, em memória de seu nome, junto de nossos irmãos da Terra, que são seus tutelados igualmente?
Devemos refletir que quando falamos em paz, em felicidade, em vida
superior, agimos no campo da confiança, prometendo por conta do Cristo, porquanto
só Ele tem para dar em abundância.
Em vista disso, caso sintas que alguém se converteu em devedor de tua alma, não te entregues a preocupações inúteis, porque o Cristo é também teu credor e deves colocar os danos do caminho em sua conta divina, passando adiante.

Caminho, verdade e Vida (Emmanuel)

Persiste e segue

“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados.”
Paulo (Hebreus,12:12)

O lavrador desatento quase sempre escuta as sugestões do cansaço.
Interrompe o serviço, em razão da tempestade, e a inundação lhe rouba a obra começada e lhe aniquila a coragem incipiente.
Descansa, em virtude dos calos que a enxada lhe ofereceu, e os vermes se incumbem de anular-lhe o serviço.
Levanta as mãos, no princípio, mas não sabe tornar a levantá-las, na continuidade da tarefa, e perde a colheita.
O viajor, por sua vez, quando invigilante, não sabe chegar convenientemente ao termo da jornada.
Queixa-se da canícula e adormece na penumbra de ilusórios abrigos, onde inesperados perigos o surpreendem. De outras vezes, salienta a importância dos pés ensangüentados e deita-se às margens da senda, transformando-se em mendigo comum.
Usa os joelhos sadios, não se dispondo, todavia, a mobilizá-los quando desconjuntados e feridos, e perde a alegria de alcançar a meta na ocasião prevista.
Assim acontece conosco na jornada espiritual.
A luta é o meio.
O aprimoramento é o fim.
A desilusão amarga.
A dificuldade complica.
A ingratidão dói.
A maldade fere.
Todavia, se abandonarmos o campo do coração por não sabermos levantar as mãos, de novo, no esforço persistente, os vermes do desânimo proliferarão, precipites, no centro de nossas mais caras esperanças, e se não quisermos marchar, de joelhos desconjuntados, é possível sejamos retidos pela sombra de falsos refúgios, durante séculos consecutivos.

Fonte Viva (Emmanuel)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Os Órfãos

“OS ÓRFÃOS”


OBJETIVO:
Sensibilizar os participantes quanto à responsabilidade de todos nós para com os órfãos, estimulando-os a reconhecê-los como irmãos em provações difíceis, necessitados do nosso amparo e amor.

DESENVOLVIMENTO:
Propor um exercício de meditação para sensibilização dos pacientes. O evangelizador poderá colocar uma música instrumental suave, enquanto sugere que os participantes, de olhos fechados, imaginem certas situações, que lhes serão narradas.
O evangelizador seguirá o texto abaixo para conduzir os participantes:

“Quem tem filho, o idealize nas situações propostas, quem não o tem, veja a si próprio, quando ainda era criança.
Imagine uma grande rua, de uma grande cidade. Aí se encontra a criança, sozinha. É noite. A rua está deserta. A criança sente medo, mas não tem em quem se agarrar. Sente fome, mas não há comida. Tem sono, mas não conta com um lugar para dormir. Sente a solidão. Ela se entristece com isso.
De repente, a rua vai se enchendo de pessoas. Elas estão apressadas e não enxergam o pobre ser solitário. A rua está lotada. Mas a criança continua sozinha. Nenhum olhar amigo. Não há compaixão.
O orfanato é agora a sua única opção. Lá haverá um teto, um abrigo. Mas ainda não será a tão desejada e idealizada família.
A criança começa a sonhar com a possibilidade de encontrar um novo lar. Ela pode ser adotada, já que está em um orfanato. Muitos casais desejam esta bela oportunidade de ter um novo filho. Seus olhos brilham. O coração palpita mais forte.
Mas os dias passam... e nada acontece. Os meses passam. Nada acontece. Os anos passam. Ainda nada acontece. A criança já está crescida. Os casais preferem os bebês. Mas, mesmo assim, ela não se cansa de sonhar. Ela ainda consegue sonhar. Este é um dom nas crianças: sonhar.
Enquanto ela sonha com um pai, com uma mãe, com um colo, com um carinho, uma oportunidade de ser acarinhada e querida, boas almas chegam ao orfanato. Elas querem sentir as crianças, amá-las, dar-lhes um novo sentido na vida.
Chegam com o amor nos braços. Aconchegam os pequenos. Passam a ser parte de suas vidas. Ajudam no banho, nas tarefas. Esclarecem as dúvidas infantis. Arrumam as roupinhas. Falam sobre educação. Ensinam a amar. Amar de verdade. Mas ainda não podem adotar a todos. O lar de cada um continua sendo  o orfanato... Onde estão as famílias? Onde estão as mães amorosas que não podem gerar bebês? Onde estão os pais zelosos? Onde?
Eis que a criança percebe que a sua história ainda não chegou ao fim. Ela apenas se inicia. Essa história, na verdade, não tem um fim. A vida é um processo. Todos nós temos os meios de completá-la. Todos podemos deixar nossa marca nela. Podemos ser as boas almas que doam um pouco de si. Ou podemos ser a tão sonhada família que os pequenos esperam. Nós podemos tudo. Nós somos feitos de amor. Nós somos o amor.”

Após este exercício, o evangelizador solicitará que os pacientes digam o que sentiram e como esperavam que a história terminasse. A partir daí, ponderará que cada um tem o poder de mudar a história de muitas crianças e jovens órfãos. O gérmen do amor e da doação está bem guardado dentro de nós.
Em seguida, proceder à leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo. Ressaltar, também, a existência de órfãos de pais vivos, fato que é ainda mais dramático do que a orfandade física.
Discussão em grupo.
Prece final.

CONCLUSÃO:
A orfandade é uma das mais difíceis provações por que passa o espírito encarnado. É, também, um desafio a nossa solidariedade cristã. Amparar os órfãos é ato que agrada a Deus e, portanto, eleva espiritualmente quem o pratica.

Contribuição da amiga Evangelizadora (Lorena)

domingo, 29 de janeiro de 2012

A Piedade



A Piedade

"A piedade é a virtude que mais vos aproxima das almas aprimoradas; é a irmã da caridade que vos conduz a Deus".

OBJETIVO:

Levar os participantes a refletir sobre a piedade, alertando-nos de que não devemos fechar o nosso coração diante das misérias dos nossos irmãos. Devemos, ao contrário estimular e fortalecer este sentimento, que é a mola propulsora da caridade.

DESENVOLVIMENTO:

19:10 –  Iniciar o estudo com a leitura do texto de Ney Pietro Peres (anexo 1), pedindo a todos atenção para uma boa compreensão. Logo em seguida, escrever no quadro branco a seguinte pergunta: “Como, então, impulsionar a piedade dentro de nós?”, pedindo-lhes que respondam. A resposta pode ser formulada em duplas previamente divididas.

Apresentamos abaixo, algumas sugestões para direcionamento do estudo, após as respostas dadas pelos participantes.

a) Estimulando os próprios sentimentos de compaixão para com os males alheios;

b) Dirigindo nossa atenção e nosso olhar para os que convivem conosco, analisando-lhes as preocupações e os receios;

c) Dedicando mais tempo em pensar nas aflições dos que nos cercam em vez de nos absorver nas necessidades próprias;

d) Interessando-nos pelos problemas que atormentam as criaturas sem rumo, oferecendo-lhes apoio e orientação evangélica;

e) Permitindo que o nosso coração se enterneça diante das dores e tribulações de nossos semelhantes;
f) Visitando parentes, amigos e indigentes, hospitalizados ou em reclusão, levando-lhes o bálsamo pelas expressões de carinho, restaurando-lhes a esperança e a resignação com palavras de conforto;

g) Estendendo nossas mãos, em auxílio fraterno e amparo, aos que nos comovam as fibras do coração;
h) Não sufocando jamais as emoções de pena, para com qualquer pessoa, deixando-as crescer em nós e transformando-as em resultados benéficos objetivos.

19:40 –  Por fim, terminar o estudo da noite com a leitura e reflexão do texto de Emmanuel (anexo 2).

 19:55 –  Prece de encerramento.

Obs. Lembrar a todos que a leitura prévia do item do Evangelho é de fundamental importância.



CONCLUSÃO: A piedade é o sentimento divino que nos impulsiona ao auxílio do próximo, à caridade. Todos trazemos no coração esta centelha de amor que precisa do nosso esforço fraterno, do nosso empenho, para expandir-se.

"Ao contato da desventura alheia, a alma sem dúvida experimenta um estremecimento natural e profundo, que faz vibrar todo o vosso ser e vos afeta penosamente. Mas a compensação é grande, quando conseguimos devolver a coragem e a esperança a um irmão menos feliz, que se comove ao aperto da mão amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo umedecido de emoção e reconhecimento, se volta com doçura para vós, antes de se elevar a Deus, agradecendo por lhe ter enviado um consolador, uma sustentação."

Ney P. Peres


(Anexo1)

O sentimento, que é manifestação da alma, se amplia na medida em que nos despojamos dos interesses egocêntricos, abandonamos os apegos aos nossos pertences e nos voltamos para o bem-estar dos que estão ao nosso redor. As satisfações que nos preenchem a alma transbordam do nosso íntimo, abrangendo os semelhantes, e apenas se completam quando proporcionamos a eles algum benefício.
Desponta, então, dentro de nós, a devoção, e a piedade cresce, como precursora que é da caridade, a mais sublime das virtudes. Desse modo devemos, como esforço de aprimoramento, cultivar a piedade, que acelera o nosso progresso espiritual e é indicativa do nosso amor ao próximo.
Ney Pietro Peres

(Anexo 2)

PIEDADE

“Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” 
Paulo. (1ª A TIMÓTEO, CAPÍTULO 6, VERSÍCULO 6.)


Fala-se muito em piedade na Terra, todavia, quando assinalamos referências a semelhante virtude, dificilmente discernimos entre compaixão e humilhação.
— Ajudo, mas este homem é um viciado.
— Atenderei, entretanto, essa mulher é ignorante e má.
— Penalizo-me, contudo, esse irmão é ingrato e cruel.
— Compadeço-me, todavia, trata-se de pessoa imprestável.
Tais afirmativas são reiteradas a cada passo por lábios que se afirmam
cristãos.
Realmente, de maneira geral, só encontramos na Terra essa compaixão de voz macia e mãos espinhosas.
Deita mel e veneno.
Balsamiza feridas e dilacera-as.
Estende os braços e cobra dívidas de reconhecimento.
Socorre e espanca.
Ampara e desestimula.
Oferece boas palavras e lança reptos hostis.
Sacia a fome dos viajores da experiência com pães recheados de fel.
A verdadeira piedade, no entanto, é filha legítima do amor.
Não perde tempo na identificação do mal.
Interessa-se excessivamente no bem para descurar-se dele em troca de ninharias e sabe que o minuto é precioso na economia da vida.
O Evangelho não nos fala dessa piedade mentirosa, cheia de ilusões e exigências. Quem revela energia suficiente para abraçar a vida cristã, encontra recursos de auxiliar alegremente. Não se prende às teias da crítica destrutiva e sabe semear o bem, fortificar-lhe os germens, cultivar-lhe os rebentos e esperar-lhe a frutificação.
Diz-nos Paulo que a “piedade com contentamento” é “grande ganho” para a alma e, em verdade, não sabemos de outra que nos possa trazer prosperidade ao coração.
                                                                                                                Emmanuel - Pãp Nosso

Fontes:
Pão Nosso – Emmanuel, psicografia de Chico Xavier – Ed. FEB
http://www.comunidadeespirita.com.br/reformaintima/19%20sensatez%20piedade.htm
(Atividade propósta para duração de uma (01) hora.)


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ESE - Cap XIII - item 14 (A Beneficência)


A BENEFICÊNCIA

OBJETIVO:

Esclarecer aos participantes sobre as diversas maneiras de se fazer a caridade, ressaltando a assistência espiritual que recebe todo aquele que, ao praticá-la, se torna instrumento de misericórdia de Deus para com os irmãos necessitados

DESENVOLVIMENTO:

Distribuir cópias do texto (anexo1 – O Valor do Serviço) pedindo a todos que após a leitura, comentem o texto, extraindo dele o que consideram importante em relação ao tema da noite.
O evangelizador poderá anotar algumas expressões usadas pelos participantes para posterior reflexão com base no tema da noite.

Encerrar a discussão com as seguintes perguntas: (Quais as condições que apresento hoje às influências dos bons Espíritos em relação ao bem que queiram fazer? Consigo perceber as suas indicações, interferências diante de uma situação que requeira a minha atenção imediata? Qual a minha posição diante do chamado incessante desses seres, em fazer o bem?)

Os Espíritos superiores necessitam fazer o bem. A condição em que se apresentam a nós é sempre motivada pelo bem que possam promover em favor de todos, pois, necessitam disso, é como um alimento para eles pois têm fome de Deus e assim, procuram nos incentivar também à pratica do bem desinteressado e sempre voltado para transformação moral para melhor de todos nós.


Prece final (Anexo 2 – Prece de Meimei). Entregar cópia para todos.

CONCLUSÃO: Por mais pobres, imperfeitos e cheios de dificuldades que sejamos, sempre poderemos praticar a caridade. Ela nos granjeará a assistência dos bons Espíritos e nos fará instrumentos da misericórdia de Deus, para amenizar o sofrimento de nossos irmãos.


Obs. Atividade proposta para duração de uma (01) hora - É importante a leitura prévia do item a que se refere o estudo. 

(Anexo1)

O valor do serviço

Filipe, velho pescador de Cafarnaum, enlevado com as explanações de Jesus sobre um texto de Isaías, passou a comentar a diferença entre os justos e injustos, de maneira a destacar o valor da santidade na Terra.
O Mestre ouviu calmamente, e, talvez para prevenir os excessos de opinião, narrou, com bondade:
— Certo fariseu, de vida irrepreensível, atingiu posição de imenso respeito público. Passava dias inteiros no Templo, entre orações e jejuns incessantes. Conhecia a Lei como ninguém.
Desde Moisés aos últimos Profetas, decorara os mais importantes textos da Revelação.
Se passava nas ruas, era tão grande a estima de que se fizera credor, que as próprias crianças se curvavam, reverentes. Consagrara-se ao Santo dos Santos e fazia vida perfeita entre os pecadores da época. Alimentava-se frugalmente, vestia túnica sem mancha e abstinha-se de falar com toda pessoa considerada impura.
Acontece, todavia, que, havendo grande peste em cidade próxima de Jerusalém, um Anjo do Senhor desceu, prestimoso, a socorrer necessitados e doentes, em nome da Divina Providência.
Necessitava, porém, das mãos diligentes de um homem, através das quais pudesse trabalhar, apressado, em benefício de enfermos e sofredores.
Lembrou-se de recorrer ao santo fariseu, conhecido na Corte Celeste por seus reiterados votos de perfeição espiritual, mas o devoto se achava tão profundamente mergulhado em suas contemplações de pureza que não lhe sobrava o mínimo espaço interior para entender qualquer pensamento de socorro às vítimas da epidemia.
Como cooperar com o emissário divino, nesse setor, se evitava o menor contacto com o mundo vulgar, classificado, em sua mente, como vale da imundície?
O Anjo insistia no chamamento; contudo, a peste era exigente e não admitia delongas.
O mensageiro afastou-se e recorreu a outras pessoas amantes da Lei. Nenhuma, entretanto, se julgava habilitada a contribuir.
Ninguém desejava arriscar-se.
Instado pelas reclamações do serviço, o Enviado de Cima encontrou antigo criminoso que mantinha o propósito de regenerar-se. Através dos fios invisíveis do pensamento, convidou-o a segui-lo; e o velho ladrão, sinceramente transformado, não hesitou. Obedeceu ao doce constrangimento e votou-se sem demora, com a espontaneidade da cooperação robusta e legítima, ao ministério do socorro e da salvação.
Enterrou cadáveres insepultos, improvisou remédios adequados à situação, semeou o bom ânimo, aliviou os aflitos, renovou a coragem dos enfermos, libertou inúmeras criancinhas ameaçadas pelo mal, criou serviços de consolação e esperança e, com isso, conquistou sólidas amizades no Céu, adiantando-se de surpreendente maneira, no caminho do Paraíso.
Os presentes registraram a pequena história, entre a admiração e o desapontamento e, porque ninguém interferisse, o Senhor comentou, em seguida a longo intervalo:
— A virtude é sempre grande e venerável, mas não há de cristalizar-se à maneira de jóia rara sem proveito. Se o amor cobre a multidão dos pecados, o serviço santificante que nele se inspira pode dar aos pecadores convertidos ao bem a companhia dos anjos, antes que os justos ociosos possam desfrutar o celeste convívio.
E reparando que os ouvintes se retraíram no grande silêncio, o Senhor encerrou o culto doméstico da Boa Nova, a fim de que o repouso trouxesse aos companheiros multiplicadas bênçãos de paz e meditação, sob o firmamento pontilhado de luz.
                                                                                                                       Fonte: Livro Jesus no Lar - Neio Lúcio/Chico Xavier - Feb)


(Anexo 2)

Prece de Meimei
Senhor, faze-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte. 
Não me consintas perder tempo através de indagações inúteis. 
Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução com os meus semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria. 
Induze-me a respeitar os direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados. 
Dá-me consciência do lugar que me compete para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence. 
Não me permitas sonhar com realizações incompatíveis com os meus recursos, entretanto, por acréscimo de bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance. 
Apaga-me os melindres pessoais de modo que não  me transforme em estorvo diante dos irmãos, aos quais devo convivência e cooperação. 
Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.
Concede-me forças para irradiar a Paz e o Amor que nos ensinaste. 
E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em Ti, servindo aos outros. 

Estudar o Evangelho

         Estudar o Evangelho, é beber na fonte fecunda e infinita da vida, é alimentar-se dos sentimentos mais nobres e mais sublimes que se pode conceber.
        Buscamos expor aqui, alguns roteiros dirigidos de estudos que fazemos com base no Evangelho Segundo o Espiritismo com o desejo sincero de compartilhar com todos para uma melhor compreensão dos ensinos de Jesus e nos colocamos a disposição para quaisquer contribuições por parte dos nossos leitores, seja através de críticas ou comentários.