domingo, 29 de janeiro de 2012

A Piedade



A Piedade

"A piedade é a virtude que mais vos aproxima das almas aprimoradas; é a irmã da caridade que vos conduz a Deus".

OBJETIVO:

Levar os participantes a refletir sobre a piedade, alertando-nos de que não devemos fechar o nosso coração diante das misérias dos nossos irmãos. Devemos, ao contrário estimular e fortalecer este sentimento, que é a mola propulsora da caridade.

DESENVOLVIMENTO:

19:10 –  Iniciar o estudo com a leitura do texto de Ney Pietro Peres (anexo 1), pedindo a todos atenção para uma boa compreensão. Logo em seguida, escrever no quadro branco a seguinte pergunta: “Como, então, impulsionar a piedade dentro de nós?”, pedindo-lhes que respondam. A resposta pode ser formulada em duplas previamente divididas.

Apresentamos abaixo, algumas sugestões para direcionamento do estudo, após as respostas dadas pelos participantes.

a) Estimulando os próprios sentimentos de compaixão para com os males alheios;

b) Dirigindo nossa atenção e nosso olhar para os que convivem conosco, analisando-lhes as preocupações e os receios;

c) Dedicando mais tempo em pensar nas aflições dos que nos cercam em vez de nos absorver nas necessidades próprias;

d) Interessando-nos pelos problemas que atormentam as criaturas sem rumo, oferecendo-lhes apoio e orientação evangélica;

e) Permitindo que o nosso coração se enterneça diante das dores e tribulações de nossos semelhantes;
f) Visitando parentes, amigos e indigentes, hospitalizados ou em reclusão, levando-lhes o bálsamo pelas expressões de carinho, restaurando-lhes a esperança e a resignação com palavras de conforto;

g) Estendendo nossas mãos, em auxílio fraterno e amparo, aos que nos comovam as fibras do coração;
h) Não sufocando jamais as emoções de pena, para com qualquer pessoa, deixando-as crescer em nós e transformando-as em resultados benéficos objetivos.

19:40 –  Por fim, terminar o estudo da noite com a leitura e reflexão do texto de Emmanuel (anexo 2).

 19:55 –  Prece de encerramento.

Obs. Lembrar a todos que a leitura prévia do item do Evangelho é de fundamental importância.



CONCLUSÃO: A piedade é o sentimento divino que nos impulsiona ao auxílio do próximo, à caridade. Todos trazemos no coração esta centelha de amor que precisa do nosso esforço fraterno, do nosso empenho, para expandir-se.

"Ao contato da desventura alheia, a alma sem dúvida experimenta um estremecimento natural e profundo, que faz vibrar todo o vosso ser e vos afeta penosamente. Mas a compensação é grande, quando conseguimos devolver a coragem e a esperança a um irmão menos feliz, que se comove ao aperto da mão amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo umedecido de emoção e reconhecimento, se volta com doçura para vós, antes de se elevar a Deus, agradecendo por lhe ter enviado um consolador, uma sustentação."

Ney P. Peres


(Anexo1)

O sentimento, que é manifestação da alma, se amplia na medida em que nos despojamos dos interesses egocêntricos, abandonamos os apegos aos nossos pertences e nos voltamos para o bem-estar dos que estão ao nosso redor. As satisfações que nos preenchem a alma transbordam do nosso íntimo, abrangendo os semelhantes, e apenas se completam quando proporcionamos a eles algum benefício.
Desponta, então, dentro de nós, a devoção, e a piedade cresce, como precursora que é da caridade, a mais sublime das virtudes. Desse modo devemos, como esforço de aprimoramento, cultivar a piedade, que acelera o nosso progresso espiritual e é indicativa do nosso amor ao próximo.
Ney Pietro Peres

(Anexo 2)

PIEDADE

“Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” 
Paulo. (1ª A TIMÓTEO, CAPÍTULO 6, VERSÍCULO 6.)


Fala-se muito em piedade na Terra, todavia, quando assinalamos referências a semelhante virtude, dificilmente discernimos entre compaixão e humilhação.
— Ajudo, mas este homem é um viciado.
— Atenderei, entretanto, essa mulher é ignorante e má.
— Penalizo-me, contudo, esse irmão é ingrato e cruel.
— Compadeço-me, todavia, trata-se de pessoa imprestável.
Tais afirmativas são reiteradas a cada passo por lábios que se afirmam
cristãos.
Realmente, de maneira geral, só encontramos na Terra essa compaixão de voz macia e mãos espinhosas.
Deita mel e veneno.
Balsamiza feridas e dilacera-as.
Estende os braços e cobra dívidas de reconhecimento.
Socorre e espanca.
Ampara e desestimula.
Oferece boas palavras e lança reptos hostis.
Sacia a fome dos viajores da experiência com pães recheados de fel.
A verdadeira piedade, no entanto, é filha legítima do amor.
Não perde tempo na identificação do mal.
Interessa-se excessivamente no bem para descurar-se dele em troca de ninharias e sabe que o minuto é precioso na economia da vida.
O Evangelho não nos fala dessa piedade mentirosa, cheia de ilusões e exigências. Quem revela energia suficiente para abraçar a vida cristã, encontra recursos de auxiliar alegremente. Não se prende às teias da crítica destrutiva e sabe semear o bem, fortificar-lhe os germens, cultivar-lhe os rebentos e esperar-lhe a frutificação.
Diz-nos Paulo que a “piedade com contentamento” é “grande ganho” para a alma e, em verdade, não sabemos de outra que nos possa trazer prosperidade ao coração.
                                                                                                                Emmanuel - Pãp Nosso

Fontes:
Pão Nosso – Emmanuel, psicografia de Chico Xavier – Ed. FEB
http://www.comunidadeespirita.com.br/reformaintima/19%20sensatez%20piedade.htm
(Atividade propósta para duração de uma (01) hora.)


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