sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ESE - Cap XIII - item 14 (A Beneficência)


A BENEFICÊNCIA

OBJETIVO:

Esclarecer aos participantes sobre as diversas maneiras de se fazer a caridade, ressaltando a assistência espiritual que recebe todo aquele que, ao praticá-la, se torna instrumento de misericórdia de Deus para com os irmãos necessitados

DESENVOLVIMENTO:

Distribuir cópias do texto (anexo1 – O Valor do Serviço) pedindo a todos que após a leitura, comentem o texto, extraindo dele o que consideram importante em relação ao tema da noite.
O evangelizador poderá anotar algumas expressões usadas pelos participantes para posterior reflexão com base no tema da noite.

Encerrar a discussão com as seguintes perguntas: (Quais as condições que apresento hoje às influências dos bons Espíritos em relação ao bem que queiram fazer? Consigo perceber as suas indicações, interferências diante de uma situação que requeira a minha atenção imediata? Qual a minha posição diante do chamado incessante desses seres, em fazer o bem?)

Os Espíritos superiores necessitam fazer o bem. A condição em que se apresentam a nós é sempre motivada pelo bem que possam promover em favor de todos, pois, necessitam disso, é como um alimento para eles pois têm fome de Deus e assim, procuram nos incentivar também à pratica do bem desinteressado e sempre voltado para transformação moral para melhor de todos nós.


Prece final (Anexo 2 – Prece de Meimei). Entregar cópia para todos.

CONCLUSÃO: Por mais pobres, imperfeitos e cheios de dificuldades que sejamos, sempre poderemos praticar a caridade. Ela nos granjeará a assistência dos bons Espíritos e nos fará instrumentos da misericórdia de Deus, para amenizar o sofrimento de nossos irmãos.


Obs. Atividade proposta para duração de uma (01) hora - É importante a leitura prévia do item a que se refere o estudo. 

(Anexo1)

O valor do serviço

Filipe, velho pescador de Cafarnaum, enlevado com as explanações de Jesus sobre um texto de Isaías, passou a comentar a diferença entre os justos e injustos, de maneira a destacar o valor da santidade na Terra.
O Mestre ouviu calmamente, e, talvez para prevenir os excessos de opinião, narrou, com bondade:
— Certo fariseu, de vida irrepreensível, atingiu posição de imenso respeito público. Passava dias inteiros no Templo, entre orações e jejuns incessantes. Conhecia a Lei como ninguém.
Desde Moisés aos últimos Profetas, decorara os mais importantes textos da Revelação.
Se passava nas ruas, era tão grande a estima de que se fizera credor, que as próprias crianças se curvavam, reverentes. Consagrara-se ao Santo dos Santos e fazia vida perfeita entre os pecadores da época. Alimentava-se frugalmente, vestia túnica sem mancha e abstinha-se de falar com toda pessoa considerada impura.
Acontece, todavia, que, havendo grande peste em cidade próxima de Jerusalém, um Anjo do Senhor desceu, prestimoso, a socorrer necessitados e doentes, em nome da Divina Providência.
Necessitava, porém, das mãos diligentes de um homem, através das quais pudesse trabalhar, apressado, em benefício de enfermos e sofredores.
Lembrou-se de recorrer ao santo fariseu, conhecido na Corte Celeste por seus reiterados votos de perfeição espiritual, mas o devoto se achava tão profundamente mergulhado em suas contemplações de pureza que não lhe sobrava o mínimo espaço interior para entender qualquer pensamento de socorro às vítimas da epidemia.
Como cooperar com o emissário divino, nesse setor, se evitava o menor contacto com o mundo vulgar, classificado, em sua mente, como vale da imundície?
O Anjo insistia no chamamento; contudo, a peste era exigente e não admitia delongas.
O mensageiro afastou-se e recorreu a outras pessoas amantes da Lei. Nenhuma, entretanto, se julgava habilitada a contribuir.
Ninguém desejava arriscar-se.
Instado pelas reclamações do serviço, o Enviado de Cima encontrou antigo criminoso que mantinha o propósito de regenerar-se. Através dos fios invisíveis do pensamento, convidou-o a segui-lo; e o velho ladrão, sinceramente transformado, não hesitou. Obedeceu ao doce constrangimento e votou-se sem demora, com a espontaneidade da cooperação robusta e legítima, ao ministério do socorro e da salvação.
Enterrou cadáveres insepultos, improvisou remédios adequados à situação, semeou o bom ânimo, aliviou os aflitos, renovou a coragem dos enfermos, libertou inúmeras criancinhas ameaçadas pelo mal, criou serviços de consolação e esperança e, com isso, conquistou sólidas amizades no Céu, adiantando-se de surpreendente maneira, no caminho do Paraíso.
Os presentes registraram a pequena história, entre a admiração e o desapontamento e, porque ninguém interferisse, o Senhor comentou, em seguida a longo intervalo:
— A virtude é sempre grande e venerável, mas não há de cristalizar-se à maneira de jóia rara sem proveito. Se o amor cobre a multidão dos pecados, o serviço santificante que nele se inspira pode dar aos pecadores convertidos ao bem a companhia dos anjos, antes que os justos ociosos possam desfrutar o celeste convívio.
E reparando que os ouvintes se retraíram no grande silêncio, o Senhor encerrou o culto doméstico da Boa Nova, a fim de que o repouso trouxesse aos companheiros multiplicadas bênçãos de paz e meditação, sob o firmamento pontilhado de luz.
                                                                                                                       Fonte: Livro Jesus no Lar - Neio Lúcio/Chico Xavier - Feb)


(Anexo 2)

Prece de Meimei
Senhor, faze-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte. 
Não me consintas perder tempo através de indagações inúteis. 
Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução com os meus semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria. 
Induze-me a respeitar os direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados. 
Dá-me consciência do lugar que me compete para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence. 
Não me permitas sonhar com realizações incompatíveis com os meus recursos, entretanto, por acréscimo de bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance. 
Apaga-me os melindres pessoais de modo que não  me transforme em estorvo diante dos irmãos, aos quais devo convivência e cooperação. 
Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.
Concede-me forças para irradiar a Paz e o Amor que nos ensinaste. 
E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em Ti, servindo aos outros. 

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