domingo, 19 de fevereiro de 2012

“Beneficência Exclusiva”

OBJETIVO: Analisar, com os participantes, a real natureza da beneficência, do ponto de vista da moral cristã, auxiliando-os a estabelecer diferença entre esta virtude, que nos estimula a auxiliar a todos indistintamente, sem esperar retribuição, e a beneficência exclusiva, onde não há doação, mas troca.

DESENVOLVIMENTO:
19:10 – Recepcionar os pacientes e logo que todos se sentarem, entregar cópias do texto – Cap. XIII, item 20 (anexo 1), pedindo que leiam em voz alta.
Assim que terminar a leitura, fazer as seguintes perguntas para que o grupo responda:

1 - O que se entende por beneficência exclusiva?
2 - Tem algum valor a beneficência praticada entre pessoas afins, que se querem bem?
3 - Por que a beneficência deve ser estendida para além dos grupos?
4 – Você, num momento de necessidade, pediu algo a Deus, tendo lembrado de algum benefício que proporcionou a alguém no momento em que fazia o pedido?
5 – Você se acha credor de bênçãos, por ter feito bem a alguém?
6 – O que Jesus nos ensina em relação à beneficência?

19:40 – Leitura da mensagem (anexo 2), pedindo aos que se sentirem a vontade para falar, que expressem o seu entendimento da mensagem.

19:55 -  Prece final, lembrando a todos a importância do estado de prece para um melhor aproveitamento das energias do passe.

CONCLUSÃO: Amar e beneficiar exclusivamente aos que nos amam é dever. Amar o próximo é considerar todos os homens como nossos irmãos e estender-lhes os benefícios que estiverem ao nosso alcance, sem escolher o objeto da nossa atenção nem esperar qualquer forma de retribuição.


(Anexo 1)

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?

Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse. - S. Luís. (Paris, l860.)


(Anexo 2)

CRISTÃOS

"Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos Céus." - Jesus. (MATEUS, 5 :20.)

Os escribas e fariseus não eram criminosos, nem inimigos da Humanidade.
Cumpriam deveres públicos e privados.
Respeitavam as leis estabelecidas.
Reverenciavam a Revelação Divina.
Atendiam aos preceitos da fé.
Jejuavam.
Pagavam impostos.
Não exploravam o povo.
Naturalmente, em casa, deviam ser excelentes mordomos do conforto familiar.
Entretanto, para o Emissário Celeste a justiça deles deixava a desejar.
Adoravam o Eterno Pai, mas não vacilavam em humilhar o irmão infeliz. Repetiam fórmulas verbais no culto à prece, todavia, não oravam expondo o coração. Eram corretos na posição exterior, contudo, não sabiam descer do pedestal de orgulho falso em que se erigiam, para ajudar o próximo e desculpá-lo até o próprio sacrifício. Raciocinavam perfeitamente no quadro de seus interesses pessoais, todavia, eram incapazes de sentir a verdadeira fraternidade, suscetível de conduzir os vizinhos ao regaço do Supremo Senhor.
Eis por que Jesus traça aos aprendizes novo padrão de vida.
O cristão não surgiu na Terra para circunscrever-se à casinhola da personalidade; apareceu, com o Mestre da Cruz, para transformar vidas e aperfeiçoá-las com a própria existência que, sob a inspiração do Mentor Divino, será sempre um cântico de serviço aos semelhantes, exalçando o amor glorioso e sem-fim, na direção do Reino dos Céus que começa, invariavelmente, dentro de nós mesmos.
                                                                                                                                              Vinha de Luz - Emmanuel

domingo, 12 de fevereiro de 2012

“BENEFÍCIOS PAGOS COM INGRATIDÃO”

 

OBJETIVO: Mostrar aos participantes que apenas a caridade desinteressada é verdadeira e agradável a Deus.
Esclarecê-los de que sua prática constitui para nós ocasião tanto de reparação de faltas anteriores como de progresso espiritual que nos conduz a Deus.

DESENVOLVIMENTO:
19:10 - Após ter dado as boas vindas, o evangelizador deverá dividir o grupo em duplas, pedindo às mesmas que relatem se já foram alvos de ingratidão ou se conhecem casos em que constataram algum tipo de ingratidão.
Após todos relatarem as experiências ou mesmo as situações de ingratidão que presenciaram ou souberam, o evangelizador deverá perguntar qual o sentimento que se destacou no momento do acontecido, ou quando souberam, em fim, como foi que reagiram? Anotando no quadro branco.

Agora, Distribua entre as duplas as seguintes perguntas, pedindo que respondam entre si e depois para todo o grupo:
·         De todas as vezes que fiz  algo, alguma coisa em benefício de alguém, quantas delas esperei do beneficiado, o seu agradecimento?
·         De todas as vezes que fiz  algo, alguma coisa em benefício de alguém, quantas vezes eu me reportei ao beneficiado de mal-agradecido, justamente por ele não ter demonstrado interesse na minha ajuda?
·         De todas as vezes que fiz  algo, alguma coisa em benefício de alguém, quantas vezes eu fiquei resmungando? do tipo: Você ainda vai bater na minha porta novamente! Ou então, não perde por esperar! Ou ainda, Fiz tudo por ele e ele não soube dar valor!
·         Quantas vezes você já foi capaz de se colocar no lugar de alguém que lhe pediu algo, alguma coisa, nas mesmas condições em que ele se encontrava?
·         Qual seria na sua opinião, a nossa conduta diante desses nossos irmãos, que reclamam a nossa ajuda, o nosso amparo?
·         Qual é a nossa postura diante de Deus, quando dirigimo-nos a Ele, solicitando algo, alguma coisa através da prece?
·         Quantas vezes você fez algo alguma coisa, confiante de que isso será considerado à seu favor, diante de Deus?

Após todos responderem entre si, pedir que leiam a pergunta e resposta para todo o grupo e logo depois, voltar ao quadro perguntando-lhes, como ficariam, agora, todos esses sentimentos demonstrados inicialmente?

19:50 – Leitura do Cap. XIII – item 19
19:55 - Prece final.

CONCLUSÃO: Aproveitar todas as ocasiões de servir ao próximo é dever de cada um de nós, pois somos devedores uns dos outros e, através da prática desinteressada do bem, não só reparamos faltas de vidas anteriores como aceleramos nossa caminhada de volta ao Pai.

(Obs. Atividade propósta para durar uma hora, no máximo)


Textos Complementares:

POR CRISTO

“E se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta.”
Paulo (FILÊMON, 1: 18)

Enviando Onésimo a Filêmon, Paulo, nas suas expressões inspiradas e felizes, recomendava ao amigo lançasse ao seu débito quanto lhe era devido pelo portador.
Afeiçoemos a exortação às nossas necessidades próprias.
Em cada novo dia de luta, passamos a ser maiores devedores do Cristo.
Se tudo nos corre dificilmente, é de Jesus que nos chegam as providências justas. Se tudo se desenvolve retamente, é por seu amor que utilizamos as dádivas da vida e é, em seu nome, que distribuímos esperanças e consolações.
Estamos empenhados à sua inesgotável misericórdia.
Somos d’Ele e nessa circunstância reside nosso título mais alto.
Por que, então, o pessimismo e o desespero, quando a calúnia ou a ingratidão nos ataquem de rijo, trazendo-nos a possibilidade de mais vasta ascensão?
Se estamos totalmente empenhados ao amor infinito do Mestre, não será razoável compreendermos pelo menos alguma particularidade de nossa dívida imensa, dispondo-nos a aceitar pequenina parcela de sofrimento, em memória de seu nome, junto de nossos irmãos da Terra, que são seus tutelados igualmente?
Devemos refletir que quando falamos em paz, em felicidade, em vida
superior, agimos no campo da confiança, prometendo por conta do Cristo, porquanto
só Ele tem para dar em abundância.
Em vista disso, caso sintas que alguém se converteu em devedor de tua alma, não te entregues a preocupações inúteis, porque o Cristo é também teu credor e deves colocar os danos do caminho em sua conta divina, passando adiante.

Caminho, verdade e Vida (Emmanuel)

Persiste e segue

“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados.”
Paulo (Hebreus,12:12)

O lavrador desatento quase sempre escuta as sugestões do cansaço.
Interrompe o serviço, em razão da tempestade, e a inundação lhe rouba a obra começada e lhe aniquila a coragem incipiente.
Descansa, em virtude dos calos que a enxada lhe ofereceu, e os vermes se incumbem de anular-lhe o serviço.
Levanta as mãos, no princípio, mas não sabe tornar a levantá-las, na continuidade da tarefa, e perde a colheita.
O viajor, por sua vez, quando invigilante, não sabe chegar convenientemente ao termo da jornada.
Queixa-se da canícula e adormece na penumbra de ilusórios abrigos, onde inesperados perigos o surpreendem. De outras vezes, salienta a importância dos pés ensangüentados e deita-se às margens da senda, transformando-se em mendigo comum.
Usa os joelhos sadios, não se dispondo, todavia, a mobilizá-los quando desconjuntados e feridos, e perde a alegria de alcançar a meta na ocasião prevista.
Assim acontece conosco na jornada espiritual.
A luta é o meio.
O aprimoramento é o fim.
A desilusão amarga.
A dificuldade complica.
A ingratidão dói.
A maldade fere.
Todavia, se abandonarmos o campo do coração por não sabermos levantar as mãos, de novo, no esforço persistente, os vermes do desânimo proliferarão, precipites, no centro de nossas mais caras esperanças, e se não quisermos marchar, de joelhos desconjuntados, é possível sejamos retidos pela sombra de falsos refúgios, durante séculos consecutivos.

Fonte Viva (Emmanuel)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Os Órfãos

“OS ÓRFÃOS”


OBJETIVO:
Sensibilizar os participantes quanto à responsabilidade de todos nós para com os órfãos, estimulando-os a reconhecê-los como irmãos em provações difíceis, necessitados do nosso amparo e amor.

DESENVOLVIMENTO:
Propor um exercício de meditação para sensibilização dos pacientes. O evangelizador poderá colocar uma música instrumental suave, enquanto sugere que os participantes, de olhos fechados, imaginem certas situações, que lhes serão narradas.
O evangelizador seguirá o texto abaixo para conduzir os participantes:

“Quem tem filho, o idealize nas situações propostas, quem não o tem, veja a si próprio, quando ainda era criança.
Imagine uma grande rua, de uma grande cidade. Aí se encontra a criança, sozinha. É noite. A rua está deserta. A criança sente medo, mas não tem em quem se agarrar. Sente fome, mas não há comida. Tem sono, mas não conta com um lugar para dormir. Sente a solidão. Ela se entristece com isso.
De repente, a rua vai se enchendo de pessoas. Elas estão apressadas e não enxergam o pobre ser solitário. A rua está lotada. Mas a criança continua sozinha. Nenhum olhar amigo. Não há compaixão.
O orfanato é agora a sua única opção. Lá haverá um teto, um abrigo. Mas ainda não será a tão desejada e idealizada família.
A criança começa a sonhar com a possibilidade de encontrar um novo lar. Ela pode ser adotada, já que está em um orfanato. Muitos casais desejam esta bela oportunidade de ter um novo filho. Seus olhos brilham. O coração palpita mais forte.
Mas os dias passam... e nada acontece. Os meses passam. Nada acontece. Os anos passam. Ainda nada acontece. A criança já está crescida. Os casais preferem os bebês. Mas, mesmo assim, ela não se cansa de sonhar. Ela ainda consegue sonhar. Este é um dom nas crianças: sonhar.
Enquanto ela sonha com um pai, com uma mãe, com um colo, com um carinho, uma oportunidade de ser acarinhada e querida, boas almas chegam ao orfanato. Elas querem sentir as crianças, amá-las, dar-lhes um novo sentido na vida.
Chegam com o amor nos braços. Aconchegam os pequenos. Passam a ser parte de suas vidas. Ajudam no banho, nas tarefas. Esclarecem as dúvidas infantis. Arrumam as roupinhas. Falam sobre educação. Ensinam a amar. Amar de verdade. Mas ainda não podem adotar a todos. O lar de cada um continua sendo  o orfanato... Onde estão as famílias? Onde estão as mães amorosas que não podem gerar bebês? Onde estão os pais zelosos? Onde?
Eis que a criança percebe que a sua história ainda não chegou ao fim. Ela apenas se inicia. Essa história, na verdade, não tem um fim. A vida é um processo. Todos nós temos os meios de completá-la. Todos podemos deixar nossa marca nela. Podemos ser as boas almas que doam um pouco de si. Ou podemos ser a tão sonhada família que os pequenos esperam. Nós podemos tudo. Nós somos feitos de amor. Nós somos o amor.”

Após este exercício, o evangelizador solicitará que os pacientes digam o que sentiram e como esperavam que a história terminasse. A partir daí, ponderará que cada um tem o poder de mudar a história de muitas crianças e jovens órfãos. O gérmen do amor e da doação está bem guardado dentro de nós.
Em seguida, proceder à leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo. Ressaltar, também, a existência de órfãos de pais vivos, fato que é ainda mais dramático do que a orfandade física.
Discussão em grupo.
Prece final.

CONCLUSÃO:
A orfandade é uma das mais difíceis provações por que passa o espírito encarnado. É, também, um desafio a nossa solidariedade cristã. Amparar os órfãos é ato que agrada a Deus e, portanto, eleva espiritualmente quem o pratica.

Contribuição da amiga Evangelizadora (Lorena)